Há pouco tempo, o Clube 502 estava na lista das tantas casas fechadas no Centro por conta da crise e da má administração. Mesmo sendo um estabelecimento com tradição e história, sucumbiu às trevas que invadiram o estado. Porém, as portas arriadas não significaram um último capítulo. Desde o final de 2017, a 502 foi arrendada por um empresário de visão moderna, sintonizado com as expectativas de clientes e com a nova realidade econômica do país. O chamaremos de Mister K. para preservar sua privacidade, ele focou em reinaugurar a velha boate, não como uma casa para gringos ou para uns poucos abastados, a reabriu com a intenção de torná-la acessível ao trabalhador comum. Com isso, vem erguendo um local cada vez mais popular, democrático, que une o luxo das instalações a preços que permitem o formato de um simpático e sedutor happy hour. Apesar de ser uma boate voltada mais para o público masculino, pois é frequentada por muitas garotas de programa, é possível ver mulheres lésbicas e bissexuais aderindo ao frenesi promíscuo das tardes e das noites que ardem no sobrado. Por conta do sucesso e da frequência constante de alguns clientes, formou-se um grupo intitulado “Os Libertinos”, que começaram a interagindo no WhatsApp e já pensam em transbordar a fama crescente para Redes Sociais como o Facebook (promessa de novos influenciadores digitais à vista)
De estabelecimento falido a um dos pontos mais fervilhantes do Rio, o sucesso foi súbito e rápido. Alguém pode estar curioso em descobrir a fórmula que ressuscitou um negócio morto, a resposta está na inteligência, na sensibilidade e na sintonia com as expectativas do seu público alvo, com o momento social e com realidade econômica. Sintonia que todo empresário deveria ser obrigado a cultivar. Numa época de polarização e atritos, Mister K. criou na 502 um espírito de união, camaradagem e diversão garantida. Além disso, Mister K. está longe da imagem do empresário distante dos clientes e do negócio, ele mete a mão na massa e sua a camisa, matando um leão por dia para não deixar a peteca cair.
A verdade é que o Clube 502 está se transformando na variação de um Moulin Rouge tropical, com clima boêmio, shows, bebidas, frequentado por profissionais liberais, funcionários públicos, artistas, gente de todo o tipo que está ali em busca de momentos de felicidade, de conhecer mulheres emancipadas que jamais chamaremos de prostitutas. Afinal, todo prazer é erótico – já dizia Freud.
Próxima a Av. Rio Branco, o núcleo empresarial do Rio, onde muitos negócios ligados à diversão definham, o Clube 502 prospera surfando na competência de quem o administra. Prova maior de que a crise é a melhor oportunidade para os cérebros privilegiados. Juntando alegria, sensualidade e respeito aos que prestigiam a casa, o Clube 502 se tornou uma lição, um caso de êxito comandado por um capitão que foi capaz de atravessar a tempestade e conduzir o navio ao Sol.
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